quarta-feira, 6 de março de 2013

Sem medo da escuridão





O vento sopra forte e leva para longe a folha da castanheira




Sem medo da escuridão 



 “Os bons morrem jovens assim parece ser quando me lembro de você que acabou indo embora cedo demais”.
 
Lembro muito bem quando estava de noite assistindo um programa de TV (que infelizmente esqueci o nome), porém, após passar o clip de uma música do Oasis, rolou Legião Urbana, a música Perfeição (Porém, nessa vez não tinha prestado atenção na banda sabe lá por que diabos) e rolou também Quinta- Feira do Charlie Brown Jr. Curti a música o Clip. Pelo fato de falar de indigentes e do que passam vivendo nas ruas. Sobre o vício em cocaína que muitas vezes levam essas pessoas para rua, ou, tiram a vida dos Junks. É triste, mas, é a nossa realidade. É o caminho que alguns escolhem. E quem somos nós para criticar pessoas, que muitas vezes entram no vicio por depressão? As pessoas costumam dizer que depressão é “fogo no rabo” que é coisa de gente que em alguns casos não quer trabalhar, ou, arruma desculpa para fugir das responsabilidades que o mundo impõe, ou, preguiça de viver a vida de forma digna. Então, nesses julgamentos e punição alguns se refugiam no álcool, Acanabis Sativa, e outras Drogas.

“Parecia inofensiva, mas, te dominou”.

E parece que não irá fazer mal algum que seremos capazes de viajar algumas poucas vezes e deixar de lado, mas, nem sempre é isso o que acontece.

Ouvi muito Charlie Brown Jr. Notei certa mudança no som da banda com o passar dos tempos, porém, nunca perderam a qualidade musical, mas, admito que aprecio os primeiros trabalhos.
Passei muito tempo no quarto ouvindo o som do Chorão e prestando atenção em suas letras, certa tempo depois conheci a Legião Urbana e me encontrei de forma definitiva no Rock.  Posso dizer que Renato Russo e Chorão são os compositores que mais prezo (lógico que existem alguns outros como, por exemplo, Herbert Vianna, Raul Seixas...). Possuíam formas bem diferentes de dizerem ao mundo o que pensavam da sociedade e do sistema governamental.
É incrível o quanto já tive boas conversas com amigos sobre essas bandas. Conversas inesquecíveis. Momentos inesquecíveis. E no final das contas a vida se torna um quadro na parede que muda constantemente.

“Livre para poder sorrir, sim, livre para poder buscar o meu lugar ao sol”.

Estou tentando isso até hoje, espero um dia conseguir.  
Tinha a intenção de escrever sobre quando desci na feira e comprei Fita Cassete de Preço curto prazo longo, pois, na época não tinha aparelho toca CD muito menos PC. Como também, sobre tanta conversa que já tive sobre o som do cara com amigos, ou, ás vezes que passei horas ouvindo o som dele com amigos especiais no mundo virtual, porém, o máximo que vou conseguir agora é escrever sobre momentos que fiquei sentado olhando o horizonte, observando as nuvens e a torre alta de celular lá no alto do morro que fica alinhada como o topo da Igreja do cento da Praça da Matriz, enquanto tomava Coca-Cola e comia essas barrinhas de chocolate borato. Toda essa minha poesia particular ouvindo Charlie Brown no fone de ouvido sabendo que muita merda estava sendo ouvida por alguns jovens nesse mesmo instante apenas demonstrando o quanto a sociedade decaí aos poucos.

Gastando as sola do pé
Seguindo a vida, guiado por uma estrela distante,
Mesmo no turbilhão sem nunca perder a fé,
Transformando palavras em pequenos diamantes.
O poeta das ruas rabisca os muros da sociedade
Denunciando a mentira revelando a verdade
O tempo que passa e leva consigo as cores do céu
Fazendo da vida culpada, juíza e réu.
Grafite, som e colagem.
Coragem, força, a malandragem de viver
Num sistema que nos dopa e nos faz esquecer
Que somos humanos e não marionetes
E que nos vicia na tristeza e nos mata aos poucos
Mas, - só os loucos sabem-
 E a vida se torna a arte suprema
Como livros de guerra e cenas de cinema
Onde o último suspiro é o momento
Em que o céu se torna negro de vez
Para quem sabe, numa noutra hora, outro lugar
O poeta das ruas encontrar sua merecida paz



É vou sentir saudades em ter sempre uma nova canção na qual eu posso ao terminar de ouvir dizer:- Poxa é isso mesmo, falou tudo, até parece que fui em quem escreveu!.
Saudades mesmo.

“Tudo que foi feito em nome de uma amizade.
Como tudo deve ser”.

By: Bruci Fernandes





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