O vento sopra forte e
leva para longe a folha da castanheira
“Os bons morrem jovens
assim parece ser quando me lembro de você que acabou indo embora cedo demais”.
Lembro muito bem quando
estava de noite assistindo um programa de TV (que infelizmente esqueci o nome),
porém, após passar o clip de uma música do Oasis, rolou Legião Urbana, a música
Perfeição (Porém, nessa vez não tinha prestado atenção na banda sabe lá por que
diabos) e rolou também Quinta- Feira do Charlie Brown Jr. Curti a música o
Clip. Pelo fato de falar de indigentes e do que passam vivendo nas ruas. Sobre
o vício em cocaína que muitas vezes levam essas pessoas para rua, ou, tiram a
vida dos Junks. É triste, mas, é a nossa realidade. É o caminho que alguns
escolhem. E quem somos nós para criticar pessoas, que muitas vezes entram no
vicio por depressão? As pessoas costumam dizer que depressão é “fogo no rabo”
que é coisa de gente que em alguns casos não quer trabalhar, ou, arruma
desculpa para fugir das responsabilidades que o mundo impõe, ou, preguiça de
viver a vida de forma digna. Então, nesses julgamentos e punição alguns se
refugiam no álcool, Acanabis Sativa, e outras Drogas.
“Parecia inofensiva,
mas, te dominou”.
E parece que não irá
fazer mal algum que seremos capazes de viajar algumas poucas vezes e deixar de
lado, mas, nem sempre é isso o que acontece.
Ouvi muito Charlie Brown
Jr. Notei certa mudança no som da banda com o passar dos tempos, porém, nunca
perderam a qualidade musical, mas, admito que aprecio os primeiros trabalhos.
Passei muito tempo no
quarto ouvindo o som do Chorão e prestando atenção em suas letras, certa tempo
depois conheci a Legião Urbana e me encontrei de forma definitiva no Rock. Posso dizer que Renato Russo e Chorão são os
compositores que mais prezo (lógico que existem alguns outros como, por
exemplo, Herbert Vianna, Raul Seixas...). Possuíam formas bem diferentes de
dizerem ao mundo o que pensavam da sociedade e do sistema governamental.
É incrível o quanto já
tive boas conversas com amigos sobre essas bandas. Conversas inesquecíveis. Momentos
inesquecíveis. E no final das contas a vida se torna um quadro na parede que
muda constantemente.
“Livre para poder
sorrir, sim, livre para poder buscar o meu lugar ao sol”.
Estou tentando isso até
hoje, espero um dia conseguir.
Tinha a intenção de
escrever sobre quando desci na feira e comprei Fita Cassete de Preço curto
prazo longo, pois, na época não tinha aparelho toca CD muito menos PC. Como
também, sobre tanta conversa que já tive sobre o som do cara com amigos, ou, ás
vezes que passei horas ouvindo o som dele com amigos especiais no mundo
virtual, porém, o máximo que vou conseguir agora é escrever sobre momentos que
fiquei sentado olhando o horizonte, observando as nuvens e a torre alta de
celular lá no alto do morro que fica alinhada como o topo da Igreja do cento da
Praça da Matriz, enquanto tomava Coca-Cola e comia essas barrinhas de chocolate
borato. Toda essa minha poesia particular ouvindo Charlie Brown no fone de
ouvido sabendo que muita merda estava sendo ouvida por alguns jovens nesse
mesmo instante apenas demonstrando o quanto a sociedade decaí aos poucos.
Gastando as sola do pé
Seguindo a vida, guiado
por uma estrela distante,
Mesmo no turbilhão sem
nunca perder a fé,
Transformando palavras
em pequenos diamantes.
O poeta das ruas rabisca
os muros da sociedade
Denunciando a mentira
revelando a verdade
O tempo que passa e leva
consigo as cores do céu
Fazendo da vida culpada,
juíza e réu.
Grafite, som e colagem.
Coragem, força, a
malandragem de viver
Num sistema que nos dopa
e nos faz esquecer
Que somos humanos e não
marionetes
E que nos vicia na
tristeza e nos mata aos poucos
Mas, - só os loucos
sabem-
E a vida se torna a arte suprema
Como livros de guerra e
cenas de cinema
Onde o último suspiro é
o momento
Em que o céu se torna
negro de vez
Para quem sabe, numa
noutra hora, outro lugar
O poeta das ruas
encontrar sua merecida paz
É vou sentir saudades em
ter sempre uma nova canção na qual eu posso ao terminar de ouvir dizer:- Poxa é
isso mesmo, falou tudo, até parece que fui em quem escreveu!.
Saudades mesmo.
“Tudo que foi feito em
nome de uma amizade.
Como tudo deve ser”.
By: Bruci Fernandes
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