Sensores napoleônicos
acadêmicos alpha setor 29
Dizem que há um tempo
para tudo e estou aprendendo a ver os sinais da natureza. O fogo queima as cartas de entes queridos de
outra vida, enquanto a bruxa está na floresta se preparando para o próximo
jantar de gala. As crianças crescem e perdem a inocência, mas, ás vezes a
pureza nunca morre. A pureza e virtude maior é amar. É. Sempre foi e sempre
será.
Ouço o vento lá fora
gritando o armagedom. Talvez seja o sangue em minhas mãos quando me corto para
sentir menos dor dentro de mim. No final eu sei que nada adiantou. A morte
sorri para a vida sendo a inversão do tempo.
Alguns testam a
paciência dos santos. Alguns matam e esquartejam os anjos fazendo deles bonecos
do Deus que se perde no próprio universo que criou.
Não consigo segurar as
lagrimas da forma que alguns conseguem. Ás vezes elas parecem fogo, quem sabe
ácido. Vivendo nessa sociedade miserável a gente vai morrendo aos poucos. A vontade que existe é pôr uma mochila nas
costas e aventurar-se pelo mundo conhecer as mais lindas paisagens, deixar o canivete
de lado (na verdade levá-lo para quem sabe descascar alguma maçã que encontrar
pelo caminho) e levar um farolete para iluminar as noites de neblina vagando
pela estrada tendo como único destino ser absolvido pela natureza e a
iluminação de que ela é capaz de prover ao individuo que permitir-se encontrar
Deus (A energia que constitui o universo e forma uma cadeia, um ciclo) em cada
gota de chuva sopro do vento, azul do céu, pássaro nas árvores pequenas
formigas nas trilhas do mato, neblina da madrugada.
Sair da inercia do
estado vegetativo, mas, temos responsabilidades, não podemos sair por aí
deixando os pés nos levarem para onde eles quiserem e os olhos nos guiar, pois,
existe família, amigos aqui que precisam de nós, pessoas que não podem ficar sem
uma palavra amiga, ou, um abraço forte, um beijo apaixonado.
A carta em minha alma
vai sendo escrita. Uma carta de despedida. Nela relato o que odeio e amo na
vida.
A sociedade é tão
distorcida que nem é uma sociedade.
“I'm
lost in a forest, all alone”.
Dentro da floresta
sozinho sentindo o desespero posso ver que os corvos me esperam observando cada
passo meu. Ainda se alimentarão com minha carne. Imagino meu coração no bico de
um deles. O sangue escorrendo chegar ser um alivio. A viajem em minha mente
começa como assistir Mágico de OZ sincronizado com o álbum
Dark.Side.Of.The.Moon do Punk Floyd.
Dorothy avista os alienígenas no céu nublado, meus olhos se fecham por
um instante como a um leão covarde. Abro os novamente o sangue em minhas mãos é
como tinta. Acordo. A floresta ainda está aqui, mas, agora é feita de concreto
onde os animais caçam, roubam, picham muros e usam armas de fogo.
A guerra frenética do
capitalismo. Um instante de paz no momento de consumo é a droga injetada em
nossos cérebros assim que ligamos o televisor e vemos as falsas propagandas no
mundo virtual.
E a mundo tal como o qual o conhecemos não
existe. O tempo é só uma invenção. A Bíblia uma mentira descarada.
E Se um dia tiver uma
filha ela se chamará Elise...
By: Bruci Fernandes
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