terça-feira, 12 de março de 2013

Apes sanguis populandum venerunt


Abelhas


 Eu não tenho tido tempo para sonhar...
Mas, por que o tenho para sofrer?
Meu coração acelerado me faz olhar devagar
Para cada folha das árvores, nuvens no céu.
Qual a diferença mais extrema entre ter e perder?
Digam-se de passagem,
Como palavras soltas ao vento
Que a vida é suave.

A vida é suave, meu bem, escute o coração de nossa mãe.

É a mente humana o verdadeiro perigo para a natureza
Cada existência é um grão de areia na praia, uma gota no oceano.
Nossas vidas seguem o fluxo de uma correnteza.

Mantenha a pureza, meu bem, nesse seu coração.

Hoje sinto um monstro me rondando
Não é o monstro- medo, monstro –ódio, nem o monstro-desamor.
É o monstro-tédio.
Pior do que o Monstro-preguiça nos incentivando nada a fazer
É o Monstro-Tédio nos cegando para o que queremos da vida.
O pagamento não cai.
O trabalho cansa as canções que poluem essas ruas, me fazem mal.

Quero uma canção de amor, meu bem, daquelas que falam de chá de hortelã.

As mesmas desgraças no jornal.
Normalidade é um senso deturpado.
Vendemos o que não temos.
Queremos o que logo será abandonado.
As abelhas amam as flores,
Mas, só se importamos em perfumar nossa própria sacada.
A vida é uma escada que começa realmente quando aprendemos a descê-la.

O assassino espreita dentro de nós, meu bem, cuidado com a imagem no espelho

By: Bruci J. Fernandes

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