terça-feira, 12 de março de 2013

S





Deitado olhando o branco do céu
Pela fresta no telhado
A vida no estado de sonho
E arranha-céu e escombros
Deixo meus pensamentos deslizarem
Entre meu céu e meu inferno
Na paz branca acinzentada dessa tarde
Vou viver mais um pouquinho
No reino de Perséfone e Plutão
Nada se estingue
Esperança e ilusão é face
Da mesma moeda
E nesse mundo espiritual capitalista
Não podemos viver sem as moedas de Caronte.
Belas nuvens de algodão
Do inverno frio de minha alma
E da manhã calorosa do verão.
Purpura são os felinos em seus passos de cetim
Amarelos são os cães em saliva de amendoim
Severinos, Severina, Severino também o sou.
Minha cabeça grande pende na loucura do dia
Meu coração palpitante sangra na lapide fria
Do futuro inexistente da alegria do presente
Severino, Severinos
O passo acalenta o caminho como fogueira o papel
Sigamos Severinos percebendo a tarde fina

By: Bruci J. Fernandes

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