Deitado olhando o branco
do céu
Pela fresta no telhado
A vida no estado de
sonho
E arranha-céu e
escombros
Deixo meus pensamentos
deslizarem
Entre meu céu e meu
inferno
Na paz branca acinzentada
dessa tarde
Vou viver mais um pouquinho
No reino de Perséfone e
Plutão
Nada se estingue
Esperança e ilusão é
face
Da mesma moeda
E nesse mundo espiritual
capitalista
Não podemos viver sem as
moedas de Caronte.
Belas nuvens de algodão
Do inverno frio de minha
alma
E da manhã calorosa do
verão.
Purpura são os felinos
em seus passos de cetim
Amarelos são os cães em
saliva de amendoim
Severinos, Severina, Severino
também o sou.
Minha cabeça grande
pende na loucura do dia
Meu coração palpitante
sangra na lapide fria
Do futuro inexistente da
alegria do presente
Severino, Severinos
O passo acalenta o
caminho como fogueira o papel
Sigamos Severinos
percebendo a tarde fina
By: Bruci J. Fernandes
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