As flores do inverno
Ás 04h25min sozinho em
meu quarto
Perguntando-me quantos
anéis de diamantes
Carrego comigo apesar do
tom negro de minha alma sombria
Nunca soube fazer rimas
nem expor exatamente o que sinto
As palavras na verdade
se torna escudo ás vezes espada
Porém, nada é mais lindo
que as estrelas que morrem e teimam em brilhar.
O tempo não existe e é
por isso que é infinito
O beijo da morte em meu
pescoço é a sensação virtual de minha mente
Querendo paz e consolo
sem ser no copo de vinho, ou, refrigerante com Vodca.
Tenho olhado muito as
estrelas e as nuvens no céu
Coço minha orelha ela
avermelha-se e sangra
A unha está comprida e
talvez esses detalhes estraguem a poesia
Mas, o que é a vida
senão os detalhes mais íntimos?
O que seria a amizade
senão os diamantes que como anões
Aprofundamo-nos nas
minas de nossas mentes e almas?
O que seria o amor se
não a semente que decidimos regar, ou, deixar morrer?
Não! O amor não morre é
apenas levado pelo vento para cair em outro campo.
Como está escuro esse
quarto e parece que o gabinete tem pulmão
É como se pudesse ouvir
sua respiração.
Quando a sede é grande
enchemos pote de plástico com pingos de chuva.
Quando a vontade de
viver acaba volto a 04h25min para ler e reler um poema
Quem sabe não faça
diamantes com as luzes perdidas da cidade?
A vida é cinza tal como
o mundo o é.
Disarm do The Smashing
Pumpkins
Mataremos os assassinos
que estão livres (dentro de nós)
Com os diamantes que
criamos numa noite dessas quase de taverna.
By: Bruci J Fernandes
Escrito em homenagem a um grande amigo que acabei adequirindo no caminho de minha vida; ^^
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