O Gato preto e a Lua
Sorrateiro pelo muro
perambula
Olhar obscuro num salto
pula
A lua vermelha no dia
dos mortos
A vida uma centelha
ocupando corpos
Do cemitério ouve os
gemidos
Miando alto na chuva de
Outubro
Seus pelos pretos
segredos mantidos
Sumindo na curva do
cemitério. Sussurro.
Os amantes molhados
sobre a lapide
Não viram o gato, mas,
perceberam a viatura.
Silencio imediato. As
mãos ainda debaixo da saia curta.
O Gato preto diz Adeus a
um rato molhado
No céu escuro e chuvoso
a face misteriosa da lua.
A verdade nua e crua no
Adeus de um casal
Do apartamento no fim da
avenida
O mundo segue sua sina
em calmaria e vendaval
Ela suicidou aos 14 não
queria de forma alguma chegar aos 30.
Perséfone anda sobre a
terra e suspira com Ártemis pela noite
Entra pelo vão do
telhado o gato com as sombras dividi espaço
A lua conhece o tempo
envia seu ceifeiro sua divina foice
Que leva a vida de um
velho deixando sozinho seu gato
A vida termina com os
pingos de chuva
Da manhã seguinte o mais
triste e doloroso miado.
By: Bruci J. Fernandes
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