segunda-feira, 11 de março de 2013

Área 51



Área 51
cárdico pulmonar vasculhar digestivo ultravioleta






Pateta o poeta cavalga nos sonhos
Heterônimo de amor Sancho pança
Desligado da politica toma suco e olha os pombos
No cachorro quente o vermelho do molho
Em sua vida romance
 E pinga
E um tanto Severina
Esquecendo a luz do dia dorme no banco da praça
Em sua mente o mundo é o predador e a caça
No começo era o verbo
Ele pensa
Brincando de ser poeta
Patetando o amor eterno em goles de 51
“se essa área se essa área fosse minha
Eu mandava eu mandava abduzi-la”.
O poeta lembra-se da amada
Que cortou seu braço
Com uma faca
Por que o dinheiro havia acabado e o emprego se perdeu
Não era mais seu o direito sobre aquele corpo
Triste forma de aprender que nem todos usam o coração
A árvore da praça se curva sob o sal da lágrima onírica
O sol se apagou no céu
Com o vento a chuva forte vem
Derrubando a dona aranha no nariz do pateta
Que se esconde do Slander nos labirintos da noite
De sua mente tranquila e insana
Coração quente vivo em pedra de aerólito
Da lua e dos sóis o amor se faz presente
Nas flores do asfalto dos suicidas e doentes
Patetoeta cuspidor de palavras bonitas
De universos paralelos de amor Eros jesuíta
Mais um gole de pinga
Mais uma dobra de esquina
As artérias do poeta são de sangue (plasma azul) e tinta.

By: Bruci J. Fernandes

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