Área 51
cárdico pulmonar vasculhar digestivo ultravioleta
Pateta o poeta cavalga
nos sonhos
Heterônimo de amor
Sancho pança
Desligado da politica
toma suco e olha os pombos
No cachorro quente o
vermelho do molho
Em sua vida romance
E pinga
E um tanto Severina
Esquecendo a luz do dia
dorme no banco da praça
Em sua mente o mundo é o
predador e a caça
No começo era o verbo
Ele pensa
Brincando de ser poeta
Patetando o amor eterno
em goles de 51
“se essa área se essa área
fosse minha
Eu mandava eu mandava
abduzi-la”.
O poeta lembra-se da
amada
Que cortou seu braço
Com uma faca
Por que o dinheiro havia
acabado e o emprego se perdeu
Não era mais seu o
direito sobre aquele corpo
Triste forma de aprender
que nem todos usam o coração
A árvore da praça se
curva sob o sal da lágrima onírica
O sol se apagou no céu
Com o vento a chuva
forte vem
Derrubando a dona aranha
no nariz do pateta
Que se esconde do
Slander nos labirintos da noite
De sua mente tranquila e
insana
Coração quente vivo em
pedra de aerólito
Da lua e dos sóis o amor
se faz presente
Nas flores do asfalto
dos suicidas e doentes
Patetoeta cuspidor de
palavras bonitas
De universos paralelos
de amor Eros jesuíta
Mais um gole de pinga
Mais uma dobra de
esquina
As artérias do poeta são
de sangue (plasma azul) e tinta.
By: Bruci J. Fernandes
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