quinta-feira, 14 de julho de 2011




Escrevi isso hoje, o escrito que se seguirá, é um rascunho, não finalizei ainda, quando der na telha, o farei, agora, não estou disposto ainda, sinto vontade de escrever outras coisas, sobre outras coisas, mas, para ser sincero, ainda não sei bem, sobre o que exatamente; terminei de assistir um filme nacional, e estou com ele na cabeça por que “vivo algo parecido” (sendo que gosto de expressar meus pensamentos em blogs), não é o mesmo, mas, algo tem muito a ver.  O filme é Os famosos e os Duendes da morte, fala sobre um jovem de 16 anos de idade, que não se sente parte da comunidade, onde mora, uma comunidade alemã no Rio grande do sul, então ele passa a dedicar seus pensamentos num blog na internet, onde se comunica com uma garota da cidade de Pixies, mas, aos poucos vamos descobrindo que as pessoas com quem ele fala na net, são pessoas que vivem ao seu redor, e algumas coisas vão sendo explicadas ao decorrer da estória. O filme é de uma profundidade incrível, repleta de alegorias (coisa que muita gente detesta, mas, eu adoro).
Senti vontade agora de falar sobre minha compreensão do filme. Se estou perto da verdade ou não, é outros 500 rsrs, bem, no começo pensamos que a garota que usa o pseudônimo de Jingle Jangle, mora na cidade de Pixies, mas, a partir do desenrolar da estória, descobrimos que ela era a irmã do melhor amigo dele, e o Pixies do seu fotolog, nada mais, nada menos é que o costume, em muitos casos insatisfação ou a forma dos jovens se distanciarem de suas origens por motivos vários, então postam que moram na Inglaterra, na Espanha, sempre algum lugar que gostariam de realmente viver, não passa de uma espécie de fuga da realidade. Então o personagem principal do filme, Bruno, que posta seus pensamentos no seu blog com o pseud. de Mr, Tambourine man (Essa canção é do músico Bob Dylan, jingle Jangle também é referência a ele). Passa a se comunicar com ela, e trocarem confidências um sobre o outro. A garota em questão namora um rapaz músico que lembra fisicamente o Bob Dylan e eles no seu dia a dia, enfrentam a agonia da morte, numa alegoria, incrível, usando a imagem da borboleta para representar a vida quão passageira ela é, e uma forma de representação do ser humano que só pode continuar vivendo caso saia do casulo que está preso, no caso, Bruno é um deles, está num momento de transgressão, ou seja, a borboleta também serve para representar a adolescência e seus desvarios. O filme também é uma forma de representar o quanto a música, é uma arte que atinge a todos sem exceção, e que molda a sociedade em que vivemos, nós percebamos ou não. Por isso o titulo Os famosos, utilizando se da imagem de Bob Dylan e do músico Nelo Johann, este pelo que sei até agora, musico pouco conhecido, mas, que faz música “não comercial”, outro bom exemplo da questão musical, é o fato de os jovens no filme, se interessarem por músicos de carreira já antiga na estrada e não músicos novos, como as bandas Restart ou Cine, foi à forma que encontraram de mostrarem o quanto a música pode atingir as pessoas, não importa o tempo que passe, daí o fato de que cada músico deve ter consciência de que o seu trabalho influi na vida das pessoas a um nível assustador. O fato do casal jingle Jangle e Julian (representação do fetiche adolescente pela imagem dos cantores que são adoradores...), brincarem com a morte o tempo todo, nas suas gravações de vídeo caseiras, é o que dá o titulo ao filme Os duendes da morte. É a expressão da crise existencialista, com uma resposta sensitiva e não objetiva, não é de fácil compreensão, mas, no desenrolar dos fatos, acabamos descobrindo que a pessoa com quem Bruno se comunica, não é exatamente a garota de Pixies, mas, sim seu namorado Julian, pois, este sobreviveu à tentativa de suicídio, numa ponte, no qual cometeu junto com a namorada Jingle, a lembrança dela, não passa de um fantasma para ambas as personagens-Bruno e Julian. Em certo momento do filme, é questionado o momento final do suicídio de uma pessoa, se elas não se arrependem quando já está à deriva da morte, e no fim do filme não encontro pessoal entre Bruno e Julian, temos a resposta numa cena homossexual (critica direta ao movimento emocore...), onde eles sentem a presença de Jingle entre eles, e pelo olhar de Julian, Bruno tem a resposta: A morte não é o caminho... Mas, pelo contexto do momento, ainda assim, diz que é uma alternativa. Existem muitas outras alegorias durante o filme, que são muito boas. É um filme, que valeu a pena ter assistido, e num outtake (Cena cortada), temos uma gravação de despedida de Bruno, então temos uma noção maior de sua intenção durante, sua recusa de ir até a festa junina alemã da cidade, ele pretendia cometer suicídio, mas, o encontro com Julian o fez desistir, isso percebemos pela cena final em que ele termina de ultrapassar a ponte, deixando de lado o pensamento de se matar, mas, mesmo assim, é algo vago, mas, independente disso, é um bom final. Ah, estava me esquecendo, até certo ponto, Bruno não acredita na vida após a morte, mas, o momento final, entre ele e Julian, por conseguir sentir a presença de Jingle, sua visão de mundo muda, por isso as lágrimas nos olhos e a conexão com Julian nesse momento apoteótico. “Eu escrevo para mim mesmo, para que não futuro, eu possa ver o sentido de tudo isso”, palavras do personagem, se referindo do por que, se abrir num blog”.

bY: ~☥Raizen Nox Fenris Lawlie†☥~

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