sexta-feira, 12 de abril de 2013

Where The Birds Always Sing










Boys Don't Cry

Realmente garotos não choram, por isso chorei ouvindo Pictures of you seguida de Lullaby verti em lágrimas como uma criança que recebeu dos pais um lindo presente.

Dois amigos meu (Johnny Amadeus e Ellen) e eu saímos da pequena cidade onde moramos lugar onde Judas perdeu as botas e se bobear existe Saci e Curupira. Encontramos minha amiga irmã Leh (Wellen) que comprou os ingressos para nós, pois, não havia como fazermos isso. Esta com profunda disposição o fez e levou para nós até a Barra  Funda.  Ensinou-nos como chegar até a Arena Anhembi onde seria realizada a apresentação da banda. Fizemos todo trajeto e encontramos o portão de entrada. Mesmo sendo cedo ainda menos de 15h00 horas já havia muita gente esperando na fila. No caminho Amadeus comprou uma camiseta para ele e uma para mim da banda. Escolhi igual à dele, pois, era a estampa mais legal entre as outras.  Pessoas de todo tipo de Góticas a playboy encontramos na fila e surgiam aos poucos.
Decidimos chegar cedo para além de conseguir pegar um lugar o mais próximo possível do palco também para encontrarmos o local exato do show sem perder tempo e nem atrasar. Entramos, sendo que estou fazendo curso técnico de Eventos adquiri um olhar critico para tudo e quando vou a um evento chega ser automático as analises sobre.
Os funcionários que ficavam na porta da entrada eram grossos e mal organizados, porém, os que trabalhavam dentro do espaço do evento eram bem educados e (eficientes?). Os seguranças encarregados da revista do evento não se dispunham a revistar de verdade deixando passar, por exemplo, um canivete se eu estivesse com um escondido no coturno, ou, alguém, estivesse com algum tipo de droga dentro da roupa (e realmente houve quem levou, pois, em determinado momento do show era perceptível o cheiro de maconha). Comprei ingresso para pista de meia entrada, porém, na hora de entrar a moça destacou apenas e nem pediu a carteirinha de estudante. Sendo assim um amigo meu até poderia ter ido ver o show também pagando apenas meia entrada.  Mas, apesar disso tudo, considerei incrível a educação dos seguranças e das moças do antendendimento interno do evento.  Nenhum deles me tratou como se eu fosse um bandido, coisa que sempre acontece em eventos que entro por causa do meu visual, lógico que eu estava num evento onde muitas se vestiriam assim, mas, mesmo assim os seguranças costumam tratar com grosseria e certa violência, caso que não aconteceu nesse show e isso me deixou muito feliz.
A Strange Day
O triste foi ter passado por muito calor na fila de espera lá fora, os portões, não abriram exatamente ás 16:00 horas como estava programado e isso é frustrante. Possuo extrema sensibilidade ao calor, então, estava suando muito apesar do protetor solar que havia usado do Amadeus e sentia minha pela avermelhando por causa dos raios do sol. Minha cabeça começou a doer, mas, eu sabia que passar por isso valeria apenas para ver Robert Smith em cima do palco. Eu “rezava” para que começasse a fazer frio, garoasse, ou, pelo menos o tempo ficasse nublado, mas, infelizmente isso não aconteceu e tive de sofrer com os raios do sol até o seu pôr. Quando já estávamos dentro e parecia ter esfriado um pouco, vesti o, sobretudo que havia levado dentro de uma sacola plástica e pus a camiseta do The Cure que o Amadeus me ajudou a comprar envolta de cintura, guardando a sacola plástica no bolso.
Fascination Street


Lá dentro começava a fervilhar de pessoas. É nesse momento que podemos ver que o ato de querer ser diferente das pessoas as torna iguais a todas as outras, pelo menos em questão de estilo.  Adão Iturrusgarai, em suas tiras criador da personagem Aline fala sobre isso, onde, mostrando um individuo que pôs piercing, mas, quando saí na rua passa a fazer parte de uma grande porcentagem de pessoas que fazem o mesmo.
Via o mais variados estilos, alguns caras com uns coturnos estilizados, sobretudo (apesar do calor infernal), cortes de cabelos que variavam do moicano á estilo Robert Smith.  Uns chegam gostar tanto de um ídolo que procuram se vestir como eles deixando de lado toda identidade própria. Eu jamais faria isso, com meus defeitos e virtudes gosto de ser quem sou, mas, cada um é cada um e sabe o caminho que escolhe na vida. Aqui na cidade mesmo tem um cara que além de se vestir decorou a dança do cantor já falecido Michael Jackson. Pergunto-me o que se passa exatamente na cabeça de um fulano desses...
Mas, quem sou eu para julgar alguém se já usei muito o cabelo parecido com o Jim Reid vocal da banda Jesus and Mary Chain? Agora meu cabelo tá zoado =(.
O Estilo de algumas garotas era bem interessante. Se eu tivesse nascido mulher e tivesse a mesma percepção e conceitos de mundo que tenho como ser humano agora me vestiria de um jeito bem louco. Achei engraçado quando vi uma morena com as pontas do cabelo azuladas, mas, era notável sua mão manchada de tinta azul rsrs.
Deu vontade de voltar a tingir meu cabelo de vermelho cereja mesmo que as pessoas achem ridículo. O importante é se fizer o que nos faz sentir bem, não é?
Eu estava apenas com o dinheiro de passagem de ida e volta. E acha tão irônico saber que as pessoas ali é como se estivessem no deserto escaldante, era obrigadas pelas necessidades comprar algum coisa lá dentro por que era proibido a entrada de A e B (alimento e bebidas).
Sentamos no chão. O céu estava azul e repleto de nuvens brancas. Notei que a placa evidenciando os banheiros possuam desenhos informativos referente o que li sobre o Minimalismo.  Isso me deu ideias do que fazer no evento que teremos que realizar (meu grupo do ETEC) para o TCC no final do ano em Novembro.
Não me lembro do nome da primeira banda que abriu para o The Cure, só sei que a vocal era uma mulher e cantava bem.  Pesquisando aqui descobri chama-se: Lautmusik. Banda de Porto Alegre que foi saudada pelo vocal do The Cure no camarim assim que eles terminaram de tocar.
Foi notável que um dos telões (da esquerda) estava com algum tipo de bug, pois, começou a chuviscar e partes das pequenas telas que formam um grande telão ficavam pretas.  Depois de certo momento desligaram, provavelmente tentando concertar, porém, ainda não conseguiram. A espera foi longa até que subisse no palco a próxima banda. Achei o som o máximo, era a primeira vez que ouvia eles, porém, notei que a segunda música estava sendo longa demais e tornando-se enfadante. Por quê? Demorou, mas, percebi que eles estavam fazendo isso arriscando queimar o próprio filme para os técnicos conseguirem concertar o defeito no telão para assim ser realizado de forma perfeita a apresentação do Cure. Isso foi genial da parte dos técnicos e muito phoda da parte da banda.
A noite caiu de vez e chegou a hora de Robert Smiths e CIA, subirem no palco. A apresentação durou 3h15 minutos, foram 40 canções, tendo no repertório grandes sucessos da carreira da banda e algumas poucas menos conhecidas caso o ouvinte não seja tão fissurado na banda e tenha a discografia  (como eu tenho =) ).  Roberto Smiths demonstrou que apesar da idade ainda está em boa forma e durante mais de 2h tocou e cantou sem intervalo nem para beber água.  Apesar de eu estar me controlando para não passar mal sendo que estava sofrendo de insolação por causa do sol que enfrentei durante a tarde toda, mesmo assim busquei curtir o show o máximo possível, afinal, de contas não é sempre que a banda cola no Brasil e vai demorar bastante para voltarem. Infelizmente eu vi o show pelo telão por que tenho miopia e astigmatismo e estou sem óculos faz um bom tempo.  E isso é horrível.
Depois de 1h e meia de show, Amadeus disse que iria para o fundo por que a Ellen estava passando mal, e eu disse que iria também por que também o estava me segurava para não ficar pior, como já tinha ouvido Pictures of you fui com eles e ficarmos sentados ao longe ouvindo à banda. E foi bem melhor assim, pena eu estar sem grana se não tomaria algumas cervejas. Não consigo fugir disso: em show de banda eu gosto de ficar embriagado. É fato. O estado onírico me faz viajar longe por que sóbrio fico sufocado pela multidão e como passo a maior parte do tempo no quarto ir num lugar assim é por que a banda é muito, mas, muito importante para mim mesmo.
Eu tinha mais detalhes para registrar aqui, mas, como demorei muito para escrever algumas coisas esqueci e outras perdi a vontade de escrever sobre, mas, afim, como fomos de ônibus, precisamos ficar a madrugada inteira andando pelas ruas de Sampa até dar horário de funcionar o metro novamente e assim poderemos voltar para casa depois de mais dois ônibus que precisamos pegar.
O que posso dizer é que valeu a pena ter ido ver o show. É inesquecível para mim e The Cure é sempre será parte de minha vida.
Mise agus mo bhealach

The world is neither fair nor unfair
the idea is just a way for us to understand
but the world is neither fair nor unfair
so one survives
the others die
and you always want a reason why

Where The Birds Always Sing




By: Bruci J. Fernandes

quinta-feira, 11 de abril de 2013

F of D








Fear of the Dark
Eu não passo de um ser da escuridão perdido dentro de mim mesmo, talvez tenha mais medo da luz do que das sombras propriamente ditas. Quem sabe eu seja o senhor de todas as minhas loucuras, talvez, eu não seja nada a não ser um rapaz atormentado pela própria face no espelho.  A vida é dor é tormento.  Meu sonho em eterno pesadelo.
Ah, toh devaneando. (Existe essa palavra?).



Fragmentos Perdidos- Tempus pertranseat Im 'trying ut plantabo pulcherrimos flores





Demônios interiores


Pois bem, pensei em escrever sobre o que estou sentindo no momento, mas, de que forma fazê-lo com sucesso? Como realmente expressar a dor que sinto e o desconforto, perturbação interna que é sentir o mundo sobre as costas? Realmente não sei.


Minha vida sempre segue entre demônios e anjos dentro de mim. Não sei como ainda continuo vivo, acredito que a frase do inicio do game Resident Evil- Nemesis, onde há pequenas passagens do diário da personagem principal Jill Valentine, que diz o seguinte:- I Still Alive- Tem tudo a ver comigo por que apesar de tudo ainda continuo vivo, mas, eu me pergunto até quando? Esse peso não cessa me sinto perdido. “Em meio caminho de minha vida, achei-me numa selva escura” Assim disse Dante Alighieri na sua obra a Divina Comédia que por sinal é um dos meus livros de cabeceira e é assim que estou, ou, me sinto.  Tudo muito triste, tudo muito subjetivo.
Estou numa trabalho que me faz mal psicologicamente como também fisicamente, pois, ficar Onze horas de meu dia dentro de um galpão fechado sentindo imenso calor e falta de ar por causa de um uniforme fechado, toca e mascara me faz me sentir uma ferramenta do sistema sendo usada para prazeres malignos. Estou exagerando? Acredito que não. ---Já não me preocupo se eu não sei por que ás vezes o que eu vejo quase ninguém vê—Quase sem Querer- Legião Urbana.
Na mídia player rola Disarm do Smashing Pumpkings



Eu costumava ser um garotinho
Tão velho em meus sapatos
E o que escolhi é minha escolha
O que mais um garoto pode fazer?
(...)
Ohhh Os anos queimam...



Mas, infelizmente, não posso no momento sair desse emprego por ter muitas dividas estar enforcado no cartão de crédito e algumas contas mais. Mas, o que mais pesa é o fato que não posso ficar desempregado. Seria muito triste (...). Não quero ter a imagem de vagabundo, mas, será que não é isso o que eu sou? Será que não passo de um vagabundo como (...). Isso seria a pior coisa do mundo para mim.
(...) está lá... Dinheiro é mais importante que meus sentimentos?
Eu lembro muito bem do quanto eu sofria internamente quando adolescente por não ter emprego.  Sentia-me inútil, pois, cresci numa sociedade onde dizem que ter emprego, ou, melhor ganhar dinheiro é o mais importante na vida, então, eu me culpava e me punia e isso aliado ao meu lado hiper depressivo e autodestrutivo me fez deixar muita coisa de lado.  Passava a maior parte do tempo no canto tentando encontrar Deus em algum lugar, tentando encontrar sentido para a vida com isso deixei de aproveitar o que realmente era importante: Estudo, conhecimento.
Felizmente li muitos livros depois de certo tempo, mas, antes disso foi um tempo desperdiçado. Existe tempo desperdiçado? Há males que vem para o bem?  Ou não vem? Ou isso é apenas um ditado para nos confortar por causa de nossos erros, ou, certas injustiças para nossas vidas? Algo a se pensar, não é? (...). Sim o amor é o sentimento que mais ensina. Ensina muito mais que a dor e a tristeza ao contrário do que muitos pensam.

  (...). Hoje em dia meu eu interno seria menos sombrio e meu caminho teria mais luz. Não seria tão perdido quanto sou agora. Aprendi tudo sozinho, sofrendo, caindo, com leitura e reflexão própria. Disso me orgulho, grande parte do que aprendi fora graças minhas próprias reflexões, mas, logicamente tive anjos que me ensinaram muitas coisas no decorrer desse tempo todo cada um com sua forma das mais sábias e politicamente corretas e das mais doidas e tolas. Ironia. Ironia.
Fora o peso do bendito emprego escravatório sinto o peso de tudo que aconteceu em um Natal que passou. Sabe quando você vê um anjo se afastando e os demônios vindos em sua direção com sede de sangue e foceis nas mãos? Agora todo natal é marcado com terror, por causa da lembrança do medo e da angústia. E o que foi tão terrível assim? Foi à perda da esperança, a ultima coisa que ficou na caixa de Pandora.  Quando se perde a esperança somos obrigados a mudar e buscarmos outros caminhos, outras esperanças. A esperança também é mutável como o amor é uma metamorfose constante.
No escuro do meu quarto ouço o álbum Desitegration do The Cure, o meu preferido-Faixa 02: The Pictures of You. Lembranças inevitáveis do trajeto lunar e apocalíptico de minha existência, decisão e consequências.
(...). Não faço mal a ninguém, mas, sou capaz de me jogar do alto de uma pedra e morrer ali mesmo no solo do game over de minha existência Fernandes.
Sinto imenso frio aqui. Meu corpo congela aos poucos. Até minha alma está siberiana. ---Meu corpo é quente estou sentindo frio---

(...) estou triste, estou cercado por minhas feras internas. Querem me devorar, levar minha sanidade e com isso meu suspiro de vida. O que posso fazer? Quero chorar. Quem vai me socorrer?

Fragmentos

Sentado na frente do computador, tento escrever alguma coisa, mas, não consigo. Estou bloqueado. Fico vagando pelo Facebook e Youtube e nada faço, além disso. Minha mente dói... É dói.
Quero continuar escrevendo minha peça Oníria, mas, não estou inspirado apesar de ter muita dor aqui para transpor em palavras, diálogos. A dor me consome, ou, medo que seja. Medo de quê, ou, do quê? Só posso dizer que algo me incomoda internamente. Bom, vou fazer acordo no meu trabalho, cheguei a essa conclusão hoje; Não sei o que vai acontecer se o valor da rescisão conseguirá pagar todas as minhas dividas, se vai sobrar um valor que possa pagar um curso de fotografia em Sorocaba (Minha cidade natal) como também ajudar na compra de uma filmadora... Nossos curtas metragens e documentários.
Eu deveria ter feito um trabalho para minha aula de Montagem, manutenção e rede amanhã, porém, não fiz nada e nem vou fazer. Não sei, não consigo. Perco a vontade logo quando abro nova aba no Google Chrome para pesquisar sobre a disputa entre Google e Microsoft. Não sei o que acontece. Não sei de nada.
Relembro o dia todo. Da lágrima que derramei ao ver as pessoas rindo de mim quando fui dominado pela sonolência que o calor do galpão onde trabalho me causa quando minha pressão sobe (Passei boa parte da vida achando que tinha pressão baixa e não alta)
Por um lado me sinto aliviado por saber que daqui uma semana não estarei mais nesse trabalho que me sufoca, me angustia, por outro, o medo de não conseguir outro emprego logo, ou, se ser visto com maus olhos (...) ter desistido do emprego que estava me corrói como também medo de não aproveitar bem esse tempo de seguro desemprego, pois, quero voltar a alimentar meu intelecto como antes o fazia com leitura e estudo de desenho, filmes, a arte no geral.
(...)

  Rosas negras crescem dentro do meu ser nessa noite fria, enquanto ouço músicas sombrias e escondo minha face com o capuz preto da blusa com costura invertida. Pergunto-me sobre o futuro e o que esperar da vida, de minha própria vida. Sinto-me tão perdido, um lobo na noite querendo correr pelas esquinas até sair da pequena cidade e encontrar a mais alta montanha e assim congelar na neblina, ou, adormecer para sempre em alguma caverna com seres da noite me dando despedida.
Eu quero paz, porém, minha mente conturbada não permite. Quero terminar Oníria logo, mas, também não quero fazer nada meia boca, quero um roteiro bom que possa tirar alguns sorrisos, ou, na melhor das hipóteses fazer com que as pessoas pensem mais sobre a vida.



O Tempo passa e estou tentando plantar lindas flores



By: Bruci J. Fernandes