Boys Don't Cry
Realmente garotos não
choram, por isso chorei ouvindo Pictures of you seguida de Lullaby verti em
lágrimas como uma criança que recebeu dos pais um lindo presente.
Dois amigos meu (Johnny Amadeus e
Ellen) e eu saímos da pequena cidade onde moramos lugar onde Judas perdeu as
botas e se bobear existe Saci e Curupira. Encontramos minha amiga irmã Leh
(Wellen) que comprou os ingressos para nós, pois, não havia como fazermos isso.
Esta com profunda disposição o fez e levou para nós até a Barra Funda.
Ensinou-nos como chegar até a Arena Anhembi onde seria realizada a
apresentação da banda. Fizemos todo trajeto e encontramos o portão de entrada.
Mesmo sendo cedo ainda menos de 15h00 horas já havia muita gente esperando na
fila. No caminho Amadeus comprou uma camiseta para ele e uma para mim da banda.
Escolhi igual à dele, pois, era a estampa mais legal entre as outras. Pessoas de todo tipo de Góticas a playboy
encontramos na fila e surgiam aos poucos.
Decidimos chegar cedo para além de
conseguir pegar um lugar o mais próximo possível do palco também para
encontrarmos o local exato do show sem perder tempo e nem atrasar. Entramos,
sendo que estou fazendo curso técnico de Eventos adquiri um olhar critico para
tudo e quando vou a um evento chega ser automático as analises sobre.
Os funcionários que ficavam na porta
da entrada eram grossos e mal organizados, porém, os que trabalhavam dentro do
espaço do evento eram bem educados e (eficientes?). Os seguranças encarregados
da revista do evento não se dispunham a revistar de verdade deixando passar,
por exemplo, um canivete se eu estivesse com um escondido no coturno, ou,
alguém, estivesse com algum tipo de droga dentro da roupa (e realmente houve
quem levou, pois, em determinado momento do show era perceptível o cheiro de
maconha). Comprei ingresso para pista de meia entrada, porém, na hora de entrar
a moça destacou apenas e nem pediu a carteirinha de estudante. Sendo assim um
amigo meu até poderia ter ido ver o show também pagando apenas meia entrada. Mas, apesar disso tudo, considerei incrível a
educação dos seguranças e das moças do antendendimento interno do evento. Nenhum deles me tratou como se eu fosse um
bandido, coisa que sempre acontece em eventos que entro por causa do meu
visual, lógico que eu estava num evento onde muitas se vestiriam assim, mas,
mesmo assim os seguranças costumam tratar com grosseria e certa violência, caso
que não aconteceu nesse show e isso me deixou muito feliz.
A Strange Day
O triste foi ter passado por muito
calor na fila de espera lá fora, os portões, não abriram exatamente ás 16:00
horas como estava programado e isso é frustrante. Possuo extrema sensibilidade
ao calor, então, estava suando muito apesar do protetor solar que havia usado
do Amadeus e sentia minha pela avermelhando por causa dos raios do sol. Minha
cabeça começou a doer, mas, eu sabia que passar por isso valeria apenas para
ver Robert Smith em cima do palco. Eu “rezava” para que começasse a fazer frio,
garoasse, ou, pelo menos o tempo ficasse nublado, mas, infelizmente isso não
aconteceu e tive de sofrer com os raios do sol até o seu pôr. Quando já
estávamos dentro e parecia ter esfriado um pouco, vesti o, sobretudo que havia
levado dentro de uma sacola plástica e pus a camiseta do The Cure que o Amadeus
me ajudou a comprar envolta de cintura, guardando a sacola plástica no bolso.
Fascination Street
Lá dentro começava a fervilhar de
pessoas. É nesse momento que podemos ver que o ato de querer ser diferente das
pessoas as torna iguais a todas as outras, pelo menos em questão de estilo. Adão Iturrusgarai, em suas tiras criador da
personagem Aline fala sobre isso, onde, mostrando um individuo que pôs
piercing, mas, quando saí na rua passa a fazer parte de uma grande porcentagem
de pessoas que fazem o mesmo.
Via o mais variados estilos, alguns
caras com uns coturnos estilizados, sobretudo (apesar do calor infernal),
cortes de cabelos que variavam do moicano á estilo Robert Smith. Uns chegam gostar tanto de um ídolo que procuram
se vestir como eles deixando de lado toda identidade própria. Eu jamais faria
isso, com meus defeitos e virtudes gosto de ser quem sou, mas, cada um é cada
um e sabe o caminho que escolhe na vida. Aqui na cidade mesmo tem um cara que
além de se vestir decorou a dança do cantor já falecido Michael Jackson.
Pergunto-me o que se passa exatamente na cabeça de um fulano desses...
Mas, quem sou eu para julgar alguém
se já usei muito o cabelo parecido com o Jim Reid vocal da banda Jesus and Mary
Chain? Agora meu cabelo tá zoado =(.
O Estilo de algumas garotas era bem
interessante. Se eu tivesse nascido mulher e tivesse a mesma percepção e
conceitos de mundo que tenho como ser humano agora me vestiria de um jeito bem
louco. Achei engraçado quando vi uma morena com as pontas do cabelo azuladas,
mas, era notável sua mão manchada de tinta azul rsrs.
Deu vontade de voltar a tingir meu
cabelo de vermelho cereja mesmo que as pessoas achem ridículo. O importante é
se fizer o que nos faz sentir bem, não é?
Eu estava apenas com o dinheiro de
passagem de ida e volta. E acha tão irônico saber que as pessoas ali é como se
estivessem no deserto escaldante, era obrigadas pelas necessidades comprar
algum coisa lá dentro por que era proibido a entrada de A e B (alimento e
bebidas).
Sentamos no chão. O céu estava azul e
repleto de nuvens brancas. Notei que a placa evidenciando os banheiros possuam
desenhos informativos referente o que li sobre o Minimalismo. Isso me deu ideias do que fazer no evento que
teremos que realizar (meu grupo do ETEC) para o TCC no final do ano em
Novembro.
Não me lembro do nome da primeira
banda que abriu para o The Cure, só sei que a vocal era uma mulher e cantava
bem. Pesquisando aqui descobri chama-se:
Lautmusik. Banda de Porto Alegre que foi saudada pelo vocal do The Cure no
camarim assim que eles terminaram de tocar.
Foi notável que um dos telões (da
esquerda) estava com algum tipo de bug, pois, começou a chuviscar e partes das
pequenas telas que formam um grande telão ficavam pretas. Depois de certo momento desligaram,
provavelmente tentando concertar, porém, ainda não conseguiram. A espera foi
longa até que subisse no palco a próxima banda. Achei o som o máximo, era a
primeira vez que ouvia eles, porém, notei que a segunda música estava sendo
longa demais e tornando-se enfadante. Por quê? Demorou, mas, percebi que eles
estavam fazendo isso arriscando queimar o próprio filme para os técnicos
conseguirem concertar o defeito no telão para assim ser realizado de forma
perfeita a apresentação do Cure. Isso foi genial da parte dos técnicos e muito
phoda da parte da banda.
A noite caiu de vez e chegou a hora
de Robert Smiths e CIA, subirem no palco. A apresentação durou 3h15 minutos,
foram 40 canções, tendo no repertório grandes sucessos da carreira da banda e algumas
poucas menos conhecidas caso o ouvinte não seja tão fissurado na banda e tenha a discografia (como eu tenho =) ). Roberto
Smiths demonstrou que apesar da idade ainda está em boa forma e durante mais de
2h tocou e cantou sem intervalo nem para beber água. Apesar de eu estar me controlando para não
passar mal sendo que estava sofrendo de insolação por causa do sol que
enfrentei durante a tarde toda, mesmo assim busquei curtir o show o máximo
possível, afinal, de contas não é sempre que a banda cola no Brasil e vai
demorar bastante para voltarem. Infelizmente eu vi o show pelo telão por que
tenho miopia e astigmatismo e estou sem óculos faz um bom tempo. E isso é horrível.
Depois de 1h e meia de show, Amadeus
disse que iria para o fundo por que a Ellen estava passando mal, e eu disse que
iria também por que também o estava me segurava para não ficar pior, como já
tinha ouvido Pictures of you fui com eles e ficarmos sentados ao longe ouvindo à
banda. E foi bem melhor assim, pena eu estar sem grana se não tomaria algumas
cervejas. Não consigo fugir disso: em show de banda eu gosto de ficar embriagado.
É fato. O estado onírico me faz viajar longe por que sóbrio fico sufocado pela
multidão e como passo a maior parte do tempo no quarto ir num lugar assim é por
que a banda é muito, mas, muito importante para mim mesmo.
Eu tinha mais detalhes para registrar
aqui, mas, como demorei muito para escrever algumas coisas esqueci e outras
perdi a vontade de escrever sobre, mas, afim, como fomos de ônibus, precisamos
ficar a madrugada inteira andando pelas ruas de Sampa até dar horário de funcionar
o metro novamente e assim poderemos voltar para casa depois de mais dois ônibus
que precisamos pegar.
O que posso dizer é que valeu a pena
ter ido ver o show. É inesquecível para mim e The Cure é sempre será parte de
minha vida.
Mise agus mo bhealach
The world is neither fair nor unfair
the idea is just a way for us to understand
but the world is neither fair nor unfair
so one survives
the others die
and you always want a reason why
Where The Birds Always Sing
By: Bruci J.
Fernandes